PROSEGUR TENTA IMPLANTAR SUAS LEIS, MAS O SINDFORTE/RN NÃO DEIXA

     Visando a saúde e segurança dos trabalhadores que o presidente do SINDFORTE/RN, Márcio Figueredo esteve reunido no dia 05 de julho, com o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, o secretário de Transporte de Valores da CNTV, Cícero Ferreira, estiveram na Polícia Federal (PF), em Brasília, para pedir a revogação da Portaria CGCSP/DF nº 33.731 de 25 de agosto de 2016 que autoriza a utilização de injetor de poliuretano o famoso (SIPE) nos serviços de transporte de valores.
O problema destacado pelas entidades é que, além de não ter sido realizado nenhum estudo sobre os possíveis riscos aos trabalhadores, o produto (SIPE) está sendo utilizado erradamente também na tesouraria da Prosegur.
Segundo Boaventura, a Prosegur age de forma irresponsável, uma vez que coloca em risco os trabalhadores. “Pode acontecer uma tragédia, pois as tesourarias são lacradas, a abertura não é rápida e, caso aconteça algum problema, pode não haver tempo para socorro”, destacou. Além disso, não se sabe as consequências caso haja contato ou inalação do produto. “O rótulo traz recomendações muito específicas e que estão sendo descumpridas pela empresa”, enfatizou.
A PF se comprometeu a apurar o caso. O presidente do Sindforte-RN, Márcio Figueredo, afirma que a solução para os intensos ataques a carros-fortes que vêm ocorrendo na região é a prevenção ao crime organizado. “Hoje, o que acontece, é investimento patronal em um sistema instalado nos cofres dos carros que não funcionam. Não bastasse isso, colocaram também nas tesourarias, colocando os funcionários em risco”, afirmou.
A CNTV e o Sindforte-RN já pediram o cancelamento da Portaria até que seja realizado um estudo técnico sobre o uso do produto e também de equipamentos de proteção. “Vamos continuar cobrando e acompanhando. Não somos contra a proteção do dinheiro, mas antes de qualquer coisa deve-se proteger a vida dos trabalhadores”, completou o secretário de Transporte de Valores da CNTV, Cícero Ferreira.
Após averiguação da denuncia, que o SINDFORTE/RN e a Confederação nacional dos vigilantes (CNTV), fizeram ao órgão, a PF emitiu nesta quarta feira 02 de agosto, um parecer proibindo a Prosegur de utilizar o injetor de Poliuretano nas bases da empresa.       No documento enviado, as entidades sindicais denunciaram a empresa Prosegur por, entre outros motivos, utilizar o produto nas tesourarias colocando em risco a vida dos trabalhadores. Segundo a PF,. “Eventual instalação do produto em ambiente não segregado dos profissionais de segurança (cofres ou tesouraria de bases operacionais, v.g.), não apenas não restou autorizado pela Portaria nº 33.731/2016, como não possui aval desta Polícia Federal, justamente porque não houve estudos técnicos que indiquem sua eficácia e segurança. Dito de outro modo: as empresas de transporte de valores não estão autorizadas a instalar injetores de poliuretano em suas bases operacionais” Agora, a Delesp (Delegacia Controle de Segurança Privada) do Rio Grande do Norte deverá investigar a instalação do produto nas bases da empresa, uma vez que o uso é autorizado apenas nos cofres dos carros fortes. Ainda assim, o presidente da CNTV, José Boaventura, afirmou que a entidade continuará lutando para que a proibição seja estendida também aos carros-fortes. “Temos relatos de acionamento acidental do produto tanto nos carros quanto nas bases. Em uma das ocasiões o cofre só foi aberto quase um mês após o incidente. Não podemos permitir que os trabalhadores corram mais este risco no exercício de sua profissão”, destacou. Segundo o presidente do SindforteRN, Márcio Figueredo, o mesmo já aconteceu em uma unidade da Prosegur em Mossoró. “Houve um acionamento involuntário e os trabalhadores precisaram arrombar as portas de acesso, correndo grande risco por conta do produto”, contou. “O Sindicato e a CNTV defendem a retirada total do sistema e uma fiscalização da PF. Estamos acompanhando todo o processo e a exigência é para que a retirada seja feita em todas as bases do país, não apenas no Rio Grande do Norte”, completou.

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